SINDICATOS REGIONAIS COM APOIO DA NCST E FEIPOL/Sudeste POLICIAIS CIVIS PAULISTAS PROTESTAM POR RESPEITO E DIGNIDADE NA FRENTE DA SSP

2287

1 Pelo menos 500 policiais civis paulistas e aprovados no concurso de 2013 para a Polícia Civil de São Paulo participaram, terça-feira, 26/4, de uma manifestação no Largo São Francisco, em frente da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). O protesto foi contra o descaso do governo do estado, que desde 2008 em quase nada avançou em relação à reivindicações dos policiais. As principais cobranças na manifestação foram relacionadas a reposição de efetivo, com contratação imediata dos concursados aprovados e a reposição salarial, direito constitucional não cumprido pelo governo desde 2014.

           mosaico 26.04.2016    Para o presidente da Feipol Sudeste, Aparecido Lima de Carvalho, o Kiko, o ato da categoria é mais uma forma de chamar a atenção do governo, pois a Polícia Civil está defasada em mais de 8 mil homens e mulheres, com faltas principalmente de escrivães e investigadores; muitos profissionais estão envelhecendo e se afastando por problemas de saúde ou por aposentadorias, o que leva a instituição ao risco de extinguir, caso nada seja feito. “Podemos dizer que esta manifestação é pela dignidade de nossa categoria e pela sobrevivência da centenária Polícia Civil”, destacou Kiko.

               Participaram do evento, policiais das regiões de Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, Marília, Sorocaba, Santos, Presidente Prudente, Mogi das Cruzes, do ABCD, Jundiaí e da Capital, com apoio da Nova Central Sindical e da Associação Internacional de Policiais. “O bom funcionamento da segurança pública é benefício para toda a população e todas as categorias de trabalhadores”, resumiu o presidente da Nova Central Sindical, Luiz Gonçalves, o Luizinho.    

No evento, representantes dos policiais civis destacaram que o governo diz que têm as Polícias Militar e Civil como “filhos”, mas dá tratamento diferente às corporações. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Ribeirão Preto, Eumauri Lúcio foi muito aplaudido ao dizer que a PM tem tratamento de pai, enquanto a Policia Civil tem de padrasto. Ele exemplificou a situação das aposentadorias, enquanto os militares são promovidos ao se aposentarem, os civis acabam “rebaixados” e precisam buscar seus direitos na Justiça.

               A manifestação que durou pouco mais três horas terminou com uma passeata no Largo São Francisco para que depois os policiais civis e demais participantes fizessem uma ocupação simbólica, por alguns minutos, da escadaria do prédio da SSP. Nenhum representante do secretário Alexandre de Moraes desceu para se pronunciar ou recebeu os representantes dos policiais civis, que prometem continuar gradativamente com as manifestações.