SINCOPOL RECEBE CARTA SINDICAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

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O Sincopol (Sindicato Regional dos Policiais Civis do Centroeste Paulista) recebeu sua carta sindical nesta sexta-feira (27) na Gerência Regional do Ministério do Trabalho de Marília, concluindo o registro da entidade de classe e agregando ainda mais legitimidade em suas ações, posicionamentos e cobranças do Governo Estadual. O Sindicato foi fundado em 1990, com o nome de Sinporm, mas por um longo período a entidade ficou desativada. A retomada foi feita no final de 2013, quando houve a incorporação ao Sinpoeste Paulista, constituindo-se assim o atual Sincopol. Logo se deu início ao processo de registro no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais, conquistado agora de forma definitiva. O presidente do Sincopol, Celso José Pereira, e o diretor Carlos Lopes Pinto, receberam a carta sindical do chefe do setor de Relações do Trabalho do Ministério, Aldemir Estevão. “A luta do Polícia Civil para se organizar é consolidada através do sindicato, entidade que a Constituição Federal reserva aos trabalhadores para que eles tenham representação, força jurídica e política”, afirma Celso. O sindicalista classifica o momento como histórico e dedica a conquista ao primeiro presidente da entidade, há quase três décadas, Benedito Tadeu Martins Simões. “Agradecemos ainda o apoio que estamos recebendo do Presidente do Feipol Aparecido Lima de Carvalho, do Paulo Borba da Nova Central Sindical dos Trabalhadores com sede no Distrito Federal e do chefe das Relações do Trabalho, Aldemir Estevão”, comenta o presidente do Sincopol.

LUTA

O Sincopol representa policiais civis das Delegacias Seccionais de Marília, Assis, Ourinhos e Tupa – que englobam 45 município. Além de lutar por questões envolvendo a aposentadoria de policiais que já conquistaram o direito, o Sincopol atua por melhores condições de trabalho aos profissionais que estão na ativa. As ações passam por questionamentos, denúncias e reinvindicações via imprensa, relações institucionais e mesmo pessoalmente com autoridades. Exigência por reposição salarial desde 2014 – período em que a inflação acumulada se aproxima dos 25%, redução do déficit alarmante dos quadros da Polícia Civil na área de abrangência e em todo o Estado, apontamento das precariedades no exercício da profissão, são algumas das pautas defendidas pela entidade. Outra demanda é o respeito absoluto ao limite de 12 horas de trabalho por 36 horas contínuas de descanso (quando se trata de plantões extraordinários) que vem sendo ignorado em várias localidades paulistas. Uma vitória, ainda que o assunto siga em discussão, é a liminar que suspende as abusivas escalas de acúmulo de cargo, onde era preciso cobrir férias em outras unidades ou cidades sem receber a mais por isso. O Sincopol também vem lutando para mudar o entendimento do TJ-SP (Tribunal de Justiça) no que diz respeito às escalas de sobreaviso em que o policial trabalha a semana inteira em sua unidade, fica de plantão nos finais de semana, e ainda tem que voltar na segunda-feira. O Sincopol já recorreu de decisão nesse sentido e aguarda julgamento. Mais uma luta é contra a espera de quase um ano dos novatos para receberem pelo adicional de insalubridade, e quando recebem percebem que foram esbulhados nos atrasados.